Caminhando sobre areia, frágil,
perdida no deserto do esquecimento
Vejo sombras passarem devagar e,
estampado em seus rostos, o sofrimento.
Lágrimas molham minhas mãos,
sangrando, cortadas.
Lágrimas lavam todas as feridas
de mãos desencantadas.
Na areia, caminhando ainda,
tudo que posso fazer é chorar.
Neste deserto, sem fim nem começo,
sem árvores para se enforcar.
Sombras voltam a passar e
tento chamar-lhes, em vão, gritando.
Volto para meus passos solitários:
Mais uma sombra caminhando.
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